"Tudo que me proponho a fazer, faço com muita
boa vontade. Quando estava no último mês de gravidez
do meu primeiro filho ia para a fazenda e ajudava a
vacinar o gado. Disposição não me falta, por isso estou
sempre envolvida com atividades diversas. E acabo dando conta."
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Quem conhece Romana Piazzalunga Cesário Pereira acha difícil imaginá-la num consultório, silencioso,
durante uma tarde toda, sentada numa cadeira e escutando o paciente falar deitado num divã. Psicóloga
formada pela Universidade Estadual de Londrina, em 1983,recebeu a laura acadêmica e sempre foi considerada
a melhoraluna da turma. Porém, tendo o perfil de uma mulher disposta, com iniciativas próprias, alegre,
sempre sorridente e, pronta para fazer bem feito àquilo que lhe foi destinado, Romana acabou optando em
acompanhar o marido na administração das atividades do setor rural, criar os quatro filhos, assumir funções
sociais e se tornar a escrevente juramentada do 8º Tabelionato de Notas, também conhecido como Cartório
Octávio Cesário. Ela também é diretora social da Sociedade Rural do Paraná e foi vice-presidente do Sam
- Sociedade dos Amigos do Museu. Romana ainda atua como catequista da Paróquia Imaculada Conceição há
9 anos. "Quem me conhece sabe desse meu temperamento , sempre agitada, cuidando de mil coisas. Trabalho
todos os dias período integral e, Graças a Deus, disposição não me falta", brinca. E isso é confirmado ao vê-la
na época da Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina, cuidando da agenda social da feira e sempre
presente administrando da melhor forma os contratempos que sempre acabam acontecendo. "Durante a Feira
me desligo do Cartório e permaneço 10 dias no Parque. Se assumo algo, procuro fazê-lo por inteiro".
Romana filha de pioneiros de Londrina, Pedro Piazzalunga e Helly Reys Piazzalunga , de onde herdou o gênio
dinâmico, é casada com o empresário Octávio Cesário Pereira Neto, filho do deputado federal, senador, vicegovernador
e secretário da Justiça do Paraná, Octávio Cesário Pereira Júnior, já falecido. A família do respeitado
político, na década de 70, residia no casarão da Rua Belo Horizonte, onde hoje funciona o cartório. "Aquela casa
tem histórias lindas, meus sogros moraram lá, e eu, durante alguns anos, namorei o Vico (como é conhecido)
enquanto ele lá residia. Claro que reformamos e adaptamos a casa, mas ela contém muitas lembranças que
fazemos questão de preservar", diz.Os filhos Octávio, Pedro, Rômulo e Giovanna sempre tiveram ao lado uma
mãe dedicada e que nunca abriu mão de acompanhar de perto a vida dos filhos, que hoje, mais independentes,
apostam em vôo sólo. "Os filhos crescem e quando nos damos conta, estão independentes. Octávio, Pedro
e Rômulo já moraram fora como intercambistas, África do Sul, Dinamarca e Finlândia respectivamente,
Octávio e Pedro cursam Direito como pai , provavelmente o caçula Rômulo irá optar pela mesma área este
ano ainda, quando prestará vestibular. Já a Giovanna, gêmea do Rômulo, quer ser psicóloga. Cada um tem
uma personalidade propria e a gente tem que respeitar", comenta. Além do cartório e das propriedades rurais,
a família também é proprietária das Rádios Jovem Pan Am/Fm. "Uma conquista do meu sogro, que por ser
político, na década de 80, comprou a rádio. No final, meu marido acabou gostando tanto que hoje é um
empresário do ramo da comunicação, agropecuarista, diretor adminsitrativo/fianceiro da Sociedade Rural do
Paraná e titular do 8º Tabelionato de Londrina".
Há 13 anos trabalhando no Cartório, Romana aprendeu a gostar da função que hoje ocupa e que nada tem
a ver com psicologia, mas que requer responsabilidade e dedicação. "Eu até cheguei a clinicar durante 6
meses, era algo que eu realmente gostava. Mas acabei optando em ajudar meu marido e estar próxima aos
filhos enquanto eles eram crianças. E não me arrependo, sei que tomei a decisão certa. O que tenho sentido
falta ultimamente é de pintar, adoro minhas telas. Assim como caminhar e fazer academia. Mas vou procurar
retomar tudo isso. Porque tempo é algo que eu sempre acabo arrumando", brinca.
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