Rosalina Franciscão e Rogério Franciscão

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  Rosalina Franciscão e Rogério Franciscão
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"Senhor! Tu que ensinaste, perdoa se eu ensino, se levo o nome de mestre que levaste pela Terra! " (Gabriela Mistral)- (Rosalina Lopes Franciscão)

"Levando em consideração minha deficiência visual, quero frisar que nada disso é um obstáculo que impeça alguém de crescer ou desanimar em seu primeiro desafio". (Almir Rogério Lopes Franciscão)

Rosalina Franciscão e Rogério Franciscão
 

"...Concede-me a ser mais mãe que as mães, para poder amar e defender, como elas, o que não é carne de minhas carnes; que eu chegue a fazer, de um dos meus alunos, meu verso mais sublime e a deixar-te nele gravada, minha mais insinuante melodia para quando meus lábios não cantem mais..." Esse trecho do poema de Gabriela Mistral descreve a personagem da qual, eu recebi a honrosa missão de registrar no Livro Profissionais do Ano de 2009: Rosalina Lopes Franciscão, uma das mulheres da sociedade londrinense que mais contribuiu para a educação das crianças especiais. Rosalina com seu esposo, já falecido, Odésio Franciscão, abraçaram a causa dos deficientes surdos e foram os responsáveis na criação do Instituto Londrinense de Educação de Surdos (ILES). Hoje ela é a atual presidente do Instituto e seu filho do coração, Almir Rogério Lopes Franciscão, é vice-presidente. Rosalina Lopes Franciscão é natural de Orlândia (SP). É filha de José Lopes com Clemência Maria Lopes. Ela dedicou seus estudos a área da Educação. Fez o Normal (Magistério), em Ribeirão Preto (SP). Formou-se em Letras, pela Faculdade de Jacarezinho. Fez ainda a faculdade de Administração em Pedagogia e Supervisão, na faculdade de Presidente Prudente (SP). Em dezembro de 1946, Rosalina e Odésio Franciscão se casam e vieram para Londrina com a finalidade de construir um futuro próspero. Ele se tornou agropecuarista e professor do Colégio Londrinense. Ela se tornou uma dedicada professora de letras do Colégio Vicente Rijo e, mais tarde assumiu a direção do Grupo Escolar Benjamin Constant. Foi naquele momento que Rosalina abriu a escuta para o projeto que Deus tinha para sua vida. "Eu sou uma pessoa que vive em função do que me rodeia. Se percebo que uma pessoa enfrenta dificuldades com doenças, por exemplo, isso me preocupa, até mesmo questões relacionadas com o país", comenta. Segundo a mestra o ILES nasceu porque a puseram na direção de uma escola sem sua consulta, onde havia um menino surdo, que não conseguia sair do primeiro ano. Rosalina lembra que ela corria o livro ouro na cidade para arrecadar fundos para trazer um professor de São Paulo, que vinha duas vezes por semana, de trem misto para ensinar duas professoras a linguagem para surdos. "Quando os pais souberam que havia alguém se interessando por ensinar as crianças com essa deficiência, já não era mais um aluno, eram cinco". O projeto cresceu tanto, que várias pessoas tornaram-se simpatizantes da causa. Entre eles o bispo Dom Geraldo Fernandes que abraçou a causa e fez com que o ILES se projetasse numa escola de referência no País. O terreno do Instituto foi comprado com colaboração da comunidade empresários da cidade, que contribuíram com muitas das promoções feitas em prol do ILES. O prédio foi erguido casal Odésio e Rosalina Franciscão. "Meu marido começou então a construção do prédio. Lembro-me que o banco ameaçou fechar sua conta na época. Não o fizeram em razão de sua credibilidade na praça. Ele ia duas vezes por dia na construção de manhã, antes de ir para a Universidade, e a tarde, para fiscalizar tudo. Ele era meu grande parceiro", comenta. "O verdadeiro amor começa quando nenhuma retribuição se espera "...1984, o o casal fundador recebeu a Cruz Pro Eclesia Et Pontifica e a Medalha de Benfeitores, enviados por Sua Santidade, o Papa João Paulo II. Na mesma época, o professor Odésio recebeu o titulo de "Professor Emérito" da Universidade Estadual de Londrina; ainda recebeu o título de "Cidadão Honorário de Londrina", o mesmo título foi concedido a professora Rosalina e o ILES recebeu a "Comenda Ouro Verde". Se o ILES é um projeto divino na vida de Rosalina. Para o "filho do coração", Almir Rogério Lopes Franciscão, cuja mãe biológica é Conceição do Santos (secretária do lar, dos Lopes), Rosalina foi para o Rogério mais mãe que as mães, como cita Gabriela Mistral, na estrofe do poema que abre o texto. "Eu me desenvolvi graças aos ensinamentos da madrinha. Se hoje me relaciono bem com as pessoas devo isso a ela", afirma Rogério Franciscão. Rogério é deficiente visual. Sua doença foi descoberta nos primeiros meses de vida. Mas com perseverança, enfrentando obstáculos e preconceitos, formou-se em Administração pela Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), em 2001. Na seqüência, ele fez MBA em Gestão de Empresas. De acordo com Rogério Franciscão, ele enfrentou o preconceito de dirigentes de escolas que não acreditavam em seu potencial de aprendizagem por ser deficiente visual. "Achavam que eu não teria capacidade de fazer as provas, acompanhar o currículo escolar e as disciplinas normais. As portas eram fechadas para mim. Foi uma luta. A madrinha teve que usar recursos da lei do deficiente para me matricular nas escolas - primeiro no Colégio Londrinense, Universitário e, depois na Universidade Norte do Paraná (Unopar) e assim por diante" lembra Rogério. Hoje, Rogério é quem administra os negócios da família, gerenciando a fazenda em duas frentes, na agricultura e na pecuária. A área destinada para agricultura é absorvida pela cultura de cana-de-açúcar, soja, milho, entre outras. Na pecuária eles investem na pecuária de carne. A Fazenda fica no município de Rolândia, no Paraná. Além disso, ele divide seu tempo com o ILES, onde exerce o cargo de vice-presidente. Ele acrescenta que o Instituto cresceu muito. "Hoje temos mais de 120 crianças matriculadas nos ensinos do maternal, pré-infantil, primeiro-grau e ensino médio. O Instituto há sete anos vem atendendo bebezinhos, no Centro Audiológico Professora Rosalina Lopes Franciscão", comenta Rogério. Almir Rogério é uma pessoa realizada em todos os sentidos. É casado com Cíntia de Fátima Seuane, há dois anos, e desse amor nasceu Odésio Antonio Seuane Lopes Franciscão, que tem um ano e cinco meses.

 
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