Profissionais do Ano Londrina

É muito fácil comprovar a paixão do advogado Carlos Roberto Scalassara pela sua profissão. Ele fala com tanto entusiasmo sobre uma determinada causa, explica com detalhes como acontece o trâmite dos processos, relembra o início da profissão ainda como estagiário dedicado que já prometia ser um dos mais renomados advogados da sua geração. Formado em Direito pela Universidade Estadual de Londrina, na turma de 1984, ele comemora 24 anos de uma trajetória profissional de sucesso. Muito bem instalado num amplo e moderno escritório no Edifício Newton Câmara, e que em breve inaugura novas acomodações que inclui um auditório para palestras, cursos e seminários, o advogado Carlos Roberto conta com uma equipe atuante em diversas áreas, tais como na trabalhista, cível, previdenciária, do consumidor e administrativa. "Eu comecei em 1982, como estagiário, dividindo os ônus e os bônus de um escritório com mais um estagiário e três advogados recém-formados. Dessa parceria, que muito me honra, decorreu um novo escritório coletivo pouco antes da minha formatura, o qual, com algumas modificações, perdurou até meados de 1994. A partir de então, passei a titularizar o escritório atual, com advogados associados. Minha esposa, a Meiri, é quem administra este novo escritório, que é de atuação múltipla. Eu, pessoalmente, tenho preferido advogar nas áreas trabalhista e sindical. São as que mais gosto. O escritório, contudo, atua nas mais diversas áreas e com bons profissionais, só não operando na área penal. Somos uma equipe coesa, unida, que visa o bom atendimento ao cliente, procurando resolver da melhor maneira todas as causas. Trabalhamos muito, mas sempre vale a pena", explica ele, que fez mestrado em Direito, Estado e Cidadania pela Universidade Gama Filho do Rio de Janeiro e atualmente ministra aulas na Escola Superior de Advocacia da OAB, junto à Subseção Londrina. Para o advogado, a área de atuação profissional não se restringe ao escritório e salas de reuniões. Participante em diversas organizações, ele foi Procurador-Geral do Município de Londrina durante a primeira gestão do prefeito Nedson Micheletti. Foi coordenador do Centro de Direitos Humanos de Londrina. É coordenador do Núcleo da Justiça do Trabalho da Subseção da OAB/Londrina; participou da criação de diversas associações, inclusive sindicais. "Tenho atuado na assessoria jurídica de Movimentos Populares, Sindicais e Políticos Partidários, na região de Londrina. Dou assessoria jurídica ao Sindicato dos Bancários de Londrina e, em situações específicas, também ao dos bancários de Arapoti. Estou vinculado a diversas organizações de cunho social, entre as quais a Rede Nacional Autônoma de Advogados Populares e a Advocacia Vida Digna", completa. Nasceu em Mandaguaçu (PR); o pai é agricultor e os cinco irmãos atuam na área do Direito. Casado com Maria Rosimeiri Soares Scalassara, o casal tem quatro filhos: Luara, com 17 anos (estuda Direito); Artur, 15 anos; Lorena, 13 anos; e a caçula, Íris, com 7 anos. "Meu hobby é ficar com a família. Nos finais de semana o normal é irmos para a chácara, onde deixo o stress de lado. Mas também não abro mão de uma partida de futebol com os amigos, de sair com a minha esposa. Também adoramos viajar. Quando podemos nos ausentar do escritório, viajamos com os filhos", diz. Católicos praticantes, Maria Rosimeiri e Carlos Roberto são membros da Paróquia São Vicente de Paulo. Nos últimos meses, o advogado resolveu aprender a cozinhar, um novo hobby a que vem se dedicando com disciplina e entusiasmo. "Eu e a minha esposa gostamos de receber os amigos em casa. Então resolvi aprender a cozinhar e tem sido um tempo muito bom quando o chef Taico ensina a arte gastronômica para uma turma de homens. Além de divertido é interessante. Sem falar na comida que saboreamos ao final de cada aula", brinca. Recentemente, Scalassara lançou o livro "Efeitos da Valorização do Acordo Individual na Justiça do Trabalho". E ninguém melhor que o próprio autor para explicar o conteúdo. "Este livro demonstra que a valorização do acordo individual contribui para sobrecarregar a Justiça do Trabalho e promover o caos em vez da paz social. No intuito de superar esses males, entre outros que relaciona, o livro delineia proposta de primazia da justiça no sentido de dar a cada um o que por direito lhe pertence, em substituição à cultura do acordo", conclui.