"O segredo é gostar do que faz, fazer sempre o melhor e fazer com paixão."
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A curitibana Cleuza Bittencourt Ribas Fornasier não nasceu aqui por uma decisão de sua mãe. "Meus pais moravam em Londrina, mas a família da minha mãe era de Curitiba, e ela me teve lá para que eu nascesse perto dos meus avós maternos", conta. Apesar disso, toda a infância de Cleuza foi em Londrina, onde cursou todo o Ensino Fundamental. "Fui fazer meu ginásio em Curitiba porque meus pais se mudaram para lá", relembra. A professora se classifica como uma criança fraquinha e que não brincava muito, gostava mesmo era de estudar, e o fato de conversar muito com adultos deu a Cleuza uma incrível habilidade para lidar com pessoas e com o diferente.
Formada em Desenho Industrial pela Pontifícia Universidade Católica de Curitiba, Cleuza sempre teve uma paixão imensa por artes em geral e pelo design em especial. "Vim para cá no carnaval e me convidaram para dar aula na UEL, no departamento de Artes. Adorei dar aulas, e por isso saí da Secretária de Finanças, onde eu trabalhava como programadora visual", conta. No início, ela era professora temporária, mas depois de passar no concurso para docente da universidade, foi efetivada.
Já são 28 anos como docente da UEL e com uma bagagem que abrange tanto o curso de Artes como o de Design e a Moda. "Em 1996, montei juntamente com uma professora o curso de Desenho Industrial, com habilitação em Design Gráfico, depois, em 1997, montei com outra docente o curso de Estilismo em Moda, e em 1998, a especialização deste último", explica. Quando iniciou seu trabalho na UEL, ela era a mais nova em idade no Departamento de Arte e hoje é a docente que está há mais tempo na UEL, mas do Departamento de Design.
Paralelamente à docência, Cleuza já teve por três anos uma indústria de confecção de babeiros, além de continuar estudando. "Fiz especialização em Design de Interiores, outro de Moda e Design de Moda (CDI-Montivideo/Uruguai), mas acabei depois ficando mais focada no curso de design de moda. Fui então para a Itália fazer um curso de três meses e acabei dando algumas aulas lá também. Em 2002, entrei no mestrado de Engenharia de Produção (UFSC), e, em 2006, entrei no doutorado de Engenharia e Gestao do Conhecimento (UFSC), finalizando em fevereiro de 2011."
Casada com Jorge Henrique, meu grande companheiro, Cleuza tem dois filhos, Fernando Henrique e Stéfanie. "Um ano após me casar, engravidei e só fui engravidar de novo seis anos depois. Meu filho tem hoje 24 anos e é formado em Engenharia de Produção, especialista em gestão industrial e trabalha na indústria do pai, da área de metalmecânica . A Stéfanie acabou de voltar do intercâmbio no México e vai prestar vestibular para psicologia", conta a mãe.
Cleuza conquistou campos ainda não explorados quando os cursos universitários na área de Moda começaram a surgir no Brasil com mais força. "Nós fomos o terceiro curso de Moda que foi conceituado pelo MEC. É uma grande satisfação ter montado esse curso, principalmente em uma universidade pública, e também ver o reconhecimento que o curso tem na cidade e no país. Hoje, somos, sem dúvida, uma referência nacional em curso de Design de Moda", explica. Ela foi uma das pioneiras na área e conquistou um espaço de respeito e admiração tanto dos alunos quanto dos colegas.
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