Denise Regina Disaró Carlesso

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  Denise Regina Disaró Carlesso
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"A psicologia hospitalar caiu em meu colo porque era o meu lugar."

Denise Regina Disaró Carlesso
 

A psicóloga Denise Regina Disaró Carlesso nasceu em Presidente Prudente - SP e de lá só saiu aos 18 anos. "Deixei a minha cidade bem jovem para fazer vestibular. Passei na UEL e na PUC de Campinas, mas acabei optando por Londrina", conta. Sua infância foi muito livre em sua cidade, com muito pé no chão, subindo em árvores e passando bons tempos na chácara de sua avó, onde brincava, colhia frutas direto do pé e vivia rodeada pelos bichos de estimação. "Na infância, eu não tinha ideia do que seria quando crescesse. Às vezes, pensava em ser pediatra, outras, em ser professora... Apenas sabia que queria trabalhar com crianças." A descoberta da Psicologia veio mais tarde, cursando o colegial. "Eu não imaginava o que era exatamente a Psicologia. Eu tinha amigos que quando tinham alguma dificuldade me procuravam para desabafar. Quando descobri que havia uma profissão onde escutávamos as pessoas e as ajudávamos, eu optei por ela, embora eu não tivesse muita noção de como seria o curso", relembra. Sem fazer cursinho, Denise passou no vestibular em terceiro lugar na Universidade Estadual de Londrina para o curso de Psicologia. "Foi muito impactante chegar à UEL, me encantei pelo campus, passear lá era um paraíso. A ideia de morar sozinha também foi bem atraente." Então, a faculdade foi um tempo de descobertas em várias áreas na vida da psicóloga, além da própria profissão. Aos poucos, tudo foi fazendo sentido e a paixão pela Psicologia foi aflorando. Denise buscava formas de crescer e se aprofundar na área. "Em complemento com o curso, sempre fiz estágios, fui a congressos, participei de grupos de estudos, e aí encontrei a Psicanálise. Ela foi se encaixando ao meu jeito de pensar a vida, de enxergar o mundo e o ser humano." Então, ela finalmente concluiu: "Agora sei que estou no lugar certo e na profissão certa". O primeiro projeto da psicóloga ao finalizar a faculdade era abrir uma pré-escola, mas durante o estágio, passando pela parte escolar, ela se decepcionou e acabou desistindo de tal projeto. Foi pelo estágio em empresas que ela realmente se empolgou, pois havia sofrido no estágio clínico. "Eu tinha que atender na clínica, fazer uma coisa absolutamente prática sem ter um embasamento teórico que me possibilitasse fazer isso, porque a faculdade não nos ofereceu uma abordagem para essa área", conta. E então, ao se formar, ela buscou aprender tudo que faltava para poder clinicar. "Eu estudei por conta própria para ter reconhecimento para trabalhar nessa área. Muita leitura, cursos, supervisão, terapia e muito estudo mesmo." Foi nesse tempo de faculdade, entre estágios, cursos e congressos, que Denise começou seu namoro com Luiz Antônio, com quem se casou. "No início do casamento, moramos em Porto Alegre - RS." E na capital gaúcha, a psicóloga conquistou seu primeiro trabalho na área. "Em Porto Alegre, engravidei do meu primeiro filho, então, decidi que ficaria um tempo cuidando dele. Quando ele fez dois anos, eu o coloquei em uma escola e nessa mesma época consegui um emprego na FADEM, fundação para crianças com deficiências múltiplas." Mesmo tratando com crianças com tantas dificuldades, Denise trabalhava animada. "Mas meu filho começou a ter sucessivos problemas de saúde com pneumonias e os médicos diagnosticaram alergia à umidade, o que era bem característico da cidade. Fomos orientados a nos mudar para um lugar mais seco, e então fizemos isso." A vinda para Londrina foi um recomeço, pois Denise precisou recusar um trabalho que seria um crescimento gigantesco em sua carreira. "Voltei a fazer cursos, pois eles são vias de mão dupla, ao mesmo tempo em que você aprende, você também se dá a conhecer. Aí, retomei o consultório, mas eu não tinha muitos pacientes. Fui ao Lar Anália Franco, perguntei se havia alguns casos que eu pudesse atender sem custo e eles me passaram. Voltei a atender." Nesse meio tempo, a psicóloga conseguiu um emprego temporário na Cacique e foi lá que ela soube do concurso para o Hospital Universitário. Denise prestou o concurso e passou. "Foi uma emoção muito grande, pois eu não acreditava que iria passar. Eu nunca tinha ouvido falar em Psicologia Hospitalar, era uma grande novidade." Assim, a psicologia hospitalar entrou em sua vida, de surpresa, e foi encantando e tomando o coração de Denise. "Sempre tenho muitos pacientes e muito trabalho para fazer", conta. Ela começou na área de insuficiência renal crônica por um ano e depois foi deslocada para o setor da pediatria e da UTI pediátrica, onde está até hoje. "Depois, assumi várias outras áreas pediátricas com o crescimento do hospital e já faz seis anos que coordeno o serviço de Psicologia do hospital." Com a pediatria, Denise fez, ainda, seu mestrado na UNESP, usando seu cotidiano no setor. "Minha pesquisa foi sobre como as crianças internadas em UTI se organizam ou se reorganizam emocionalmente diante dessa experiência, já que os procedimentos são tão invasivos e trazem um nível de desorganização muito grande", conta. E depois de alguns anos à frente do setor de psicologia, seu projeto é voltar ao trabalho corpo a corpo com o paciente. "Ficar na parte administrativa fez com que eu sentisse falta de tempo para o meu trabalho com os pacientes, já que tinha que me dividir entre as duas funções. Agora, quero voltar a me dedicar ao trabalho diretamente com as crianças." Ela conta que sempre soube dividir bem o tempo de psicóloga e mãe. Casada há 26 anos com Luiz Antônio, ela fala orgulhosa dos filhos Diego e Paula, de 24 e 19 anos, respectivamente. "Diego é formado em Economia, trabalha em São Paulo como trainee do grupo Pão Açúcar e acabou de comprar seu primeiro apartamento lá. A Paula está no segundo ano de Relações Públicas e pretende ir para os Estados Unidos fazer Au Pair." "Minha família e meu trabalho são meus pilares de sustentação, ambos passando por transformações constantes", afirma, deixando claro que sabe a importância de cada aspecto de sua vida. Há quatro anos ela atua como docente na Faculdade Pitágoras e, além do trabalho no hospital e dentro das salas de aula, Denise está se preparando para o doutorado, o que pode acarretar em mais mudanças. "Toda transformação acontece com dor, mas também com alegrias. Sou uma pessoa muito otimista. Não acredito que as coisas sejam só boas ou só ruins, mas é possível sempre tirar um lado bom das coisas", conclui.

 
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