"Estou no ramo de turismo há mais de 40 anos. A primeira viagem que vendi foi para um casal que visitaria Brasília. Nunca mais me esqueci. Foram anos de dedicação e muito trabalho para chegar até aqui. Trabalhar neste ramo é concretizar sonhos".
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Os números são fantásticos. A operadora CVC já fez milhões de pessoas viajarem por terra, mar e ar. De Atibaia, no interior paulista à poderosa China. E o surpreendente é que ela começou timidamente como uma agência de viagens comum, iguais a tantas outras. Isso há mais de três décadas. De lá para cá, enfrentando adversidades econômicas, políticas e turísticas, ela venceu. E hoje é reconhecidamente a maior e melhor operadora do Brasil.
Quem conta essa história de sucesso é José Carlos Quilici, responsável pelas agências CVC Brasil, com unidades em Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu e Cascavel. E que tem uma história similar à da operadora. A história de um menino pobre que vendia fitas cassetes para sobreviver. "Eu adorava futebol e queria ser jogador. Tinha 17 anos e morava na concentração do time São Bento, em Sorocaba (SP) para economizar. Diariamente eu encontrava um empresário num posto de gasolina e tentava vender minhas fitas. Até que um dia, depois de tanta insistência, ele falou comigo e me deu a primeira oportunidade na vida, de verdade. Começei "batendo" pneu, abastecendo, fazendo de tudo um pouco. E logo em frente ao posto havia uma agência de turismo, a Fioratur, de propriedade de Fioravante. Nas horas de folga eu adorava ficar observando as pessoas entrarem na agência e serem atendidas pelos agentes de viagens. Até que um dia, na falta de um funcionário, eu ocupei o lugar. A primeira viagem que vendi foi para Brasília. Nunca mais parei de mexer com turismo", relembra o empresário.
Hoje, no interior do Paraná, Quilici tem 17 lojas. "E até o final de 2010 chegaremos a 25 lojas. Estou na CVC há 24 anos" completa.
A trajetória de José Carlos Quilici começou em Sorocaba. Passou por Ribeirão Preto, Campinas, teve sua própria agência de viagens - a Peraltur, na década de 80 - foi promotor de vendas, depois gerente e em pouco tempo ocupava a gerência da maior filial da CVC. Em seguida fui diretor regional de vendas e foi a partir disso que me estruturei em Londrina". Toda família trabalha na CVC. "Meus filhos estão comigo, Thiago, Bruno e Willian, minhas noras Ruth e Tatiane e a minha esposa Cleide. Todos cuidam de algum segmento. Trabalhamos com um único objetivo, mas cada um no seu setor", revela o empresário que é avô de Lucas, Mateus, Gustavo e Maria Eduarda e Giovana. "Londrina e região está sob a supervisão do Thiago. Maringá e região é cuidada por Bruno e Foz do Iguaçu, Cascavel e toda região, por Willian, que também é formado em Engenharia Civil", destaca o pai orgulhoso.
Motivado pela vontade de vencer, José Carlos Quilici é exemplo de vida. Teve uma infância solitária vendo a mãe trabalhar muito para sustentá-lo. Dormiu em porta de igreja, passou necessidades. "Mas tudo isso me fez crescer, me tornou um homem forte, corajoso, empreendedor. Nas dificuldades você têm duas opções: desistir ou perseverar. Optei pela segunda hipótese e é assim que deve ser. Nada é de graça, mas vale à pena correr atrás do sonho. E completa: '' Valter Patriani, presidente da CVC, tem uma grande importância na minha história profissional. Acreditou em mim. Devo muito à ele. Somos grandes amigos".
Hoje a CVC tem 280 filiais espalhadas em todo o Brasil. Começou em 1972 com apenas quatro funcionários, fundada por Guilherme Paulus, organizando excursões de ônibus para metalúrgicos. Atualmente, na alta temporada (dezembro a fevereiro) a CVC chega a fretar 180 vôos por semana. É recorde em números, e a preferida e mais lembrada pelos brasileiros que conseguem concretizar sonhos que vão desde um final de semana nas termas Àguas de Lindóia até um belo Cruzeiro pela Europa.
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