"Vender uma viagem é vender sonhos, mas nem tudo é sombra e água fresca nesse segmento, meu trabalho é acompanhar tudo, desde a procura pelo lugar ideal até a volta do passageiro para saber se ele voltou feliz e satisfeito. Costumo dizer que de certa forma viajamos com eles, mesmo não estando presente".
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Luciana Kauam fez magistério, depois Pedagogia no antigo Cesulon, mas nunca exerceu profissionalmente. Começou a trabalhar com turismo aos 16 anos e se apaixonou pela carreira, buscando aprimoramento e conhecimento. Ela é londrinense, divorciada, tem dois filhos, Carolina Kauam Piubelli, 22 anos, formada em Odontologia, e Francisco Kauam Piubelli, 17anos, que vai iniciar a universidade no próximo ano. "Sempre tive vontade de trabalhar, não importava em que área, meu pai era contra as filhas trabalharem, acho que por isso eu tinha mais vontade de começar. Tratava-se de um desafio de adolescente, assim que acabei o ensino médio surgiu uma oportunidade em um agencia de turismo que abracei sem questionar. Estou há 30 anos no mercado", relembra.
Revela que o maior desafio de um profissional é conseguir manter os clientes fiéis ao seu atendimento. "Nosso maior concorrente é a internet porque o acesso é mais prático e fácil", diz ela, que tem expectativas em ver o agente de viagens mais valorizado, reconhecido pelo seu trabalho. "Não é uma tarefa fácil, infelizmente existem pessoas que acham que as opiniões vindas de sites encontrados na internet superam o conhecimento daqueles que estão trabalhando há anos. Muitas pessoas retornam das viagens frustradas, sendo vítimas de golpes dados por sites de viagens não confiáveis", explica.
A agente segmentou seu trabalho em passagens aéreas, não deixando de atender aqueles que gostam de fechar viagens com ela. Exigente, conta com bons parceiros, preserva os clientes, confere tudo. Luciana mantém um home office para a sua praticidade e comodidade. Atende praticamente o dia todo, inclusive aos sábados e domingos, "mas quando se faz o que gosta, torna-se diversão". Fez amizades com clientes e parceiros ao longo dos anos, guarda histórias de muitos deles. "Tornaram-se bons amigos", conclui.
Desde 2005, atuando no mercado de passagens aéreas por milhas, atende também o norte do País. Ela faz questão de recordar: "Meu negócio foi crescendo e com isso surgiu uma nova empresa, a Globalmilhas. Uma época de muito trabalho, viajava para Manaus, Porto Velho, Rio Branco, Belém e Boa vista quase que o ano todo, conciliando família e filhos, na época, ainda pequenos, além do atendimento dos meus passageiros em Londrina. Mas valeu a pena pelo reconhecimento que conquistei. É gratificante ter o passageiro de volta satisfeito porque sei que a experiência de conhecer a cultura, história e arte de um outro país é uma e experiência inesquecível. Principalmente quando tudo transcorre tranquilamente", finaliza.
O lazer é estar em casa com a família, receber amigos e claro, viajar sempre. E conclui dizendo ter boas lembranças da trajetória profissional, principalmente por ter conseguido educar os filhos e construir uma família. "Porém, o que mais me motiva, é saber que deixei meu pai orgulhoso. Ele pode ver que sou capaz de enfrentar e vencer meus desafios como faço até hoje".
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